Antônio
Martins Fernandes de Carvalho nasceu na residência do senhor Bianor Fernandes
na cidade de Martins no dia 6 de setembro de 1905, filho de Joaquim Inácio de
Carvalho e de Maria Gomes de Oliveira Carvalho, residentes no sítio Pico
Branco, onde passou toda a sua infância.
Aprendeu
as primeiras letras no Grupo Escolar Almino Afonso. Seu pai, ao ver a sua
dedicação aos estudos, o manda para estudar na cidade de Caicó. Concluindo lá,
logo foi enviado para o Rio de Janeiro, onde estudou no Colégio Dom Pedro II.
Logo ingressou no curso de Medicina da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro,
colando grau no dia 03 de outubro de 1932, no Teatro “João Caetano”, ás 16
horas da tarde.
Voltando a
sua terra natal, o Rio Grande do Norte, foi nomeado médico da Policia Militar
do estado por influência de seu irmão e então prefeito de Natal, Joaquim
Ignácio de Carvalho Filho. Trabalhou também como radiologista no hospital
Jovino Barreto (atual Hospital Onofre Lopes, da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte). Foi neste período de intensos trabalhos que ele conheceu
Maria Edith Fernandes, filha do Empresário Alfredo Fernandes.
Ficou
noivo de Edith no dia 13 de junho de 1934, quando trabalhava como medico na
cidade de Mossoró. Casou-se no dia 22 de maio de 1936, na igreja de Santo
Antônio, em Natal. Deste consorcio nasceu apenas um filho, Sergio José
Fernandes.
Depois de
casado, retornou ao Rio de Janeiro, onde assumiu a gerencia da empresa de seu
sogro, a Alfredo Fernandes & Cia, que nos anos 50 mudou o nome para
Algodoeira Fernandes S/A.
A paixão
pela política, herdada de sua família, o fez se filiar a UDN (União Democrática
Nacional) ainda em 1928. Concorreu em 1952 ao cargo de prefeito da cidade de
Portalegre, dando vitória ao seu partido. Naquele município realizou inúmeros
benefícios. Por pressão dos seus munícipes, concorreu a deputado federal,
conseguindo 13.079 votos. Não conseguiu se eleger, mas ficou sendo o primeiro
suplente de seu partido, ainda o UDN.
Ocupou uma
cadeira na bancada do seu partido na Câmara, por duas vezes; de 17 de abril a
30 de julho de 1956 e de 24 de abril a 14 de novembro de 1957.
No dia 15
de novembro de 1957, numa sexta-feira, na fazenda Moquém (propriedade de seu
Irmão, José Inácio de Carvalho), depois de escrever sete cartas destinadas a
alguns parentes e amigos, suicidou-se com apenas um tiro no peito.
Estava
assim encerrada a carreira daquele homem publico.
Logo a
noticia se espalhou e no dia 16 de novembro, embarcava o corpo do ex-deputado
em um avião especial da FAB (força Aérea Brasileira), que a pedido de sua
esposa, foi sepultado no Rio de Janeiro, contrariando a sua vontade de ser
sepultado na terra que tanto amou, Martins.
Chegou ao
Rio de janeiro por volta das 18 horas do dia 16 de novembro e seguiu direto
para o Palácio Tiradentes, onde ficou exposto em câmara ardente por toda a
noite e manhã do dia 17. Depois seguiu o seu esquife para a Capela Real
Grandeza, onde foi recomendado e em seguida seguiu para o cemitério São João
batista, onde até os dias de hoje, descansa.
A comoção
tomou de conta de todos os que conviveram com ele e ao mesmo tempo, se
perguntavam o Porquê daquilo que acontecera com um homem simples,
assistencialista e apaixonado pela sua terra. Até hoje se desconhece os reais
motivos que o levaram a isto.
A
HOMENAGEM PÓSTUMA
Jocelyn
Villar de Melo, casado com Alzira Carvalho, irmã de Antônio Martins, então
Deputado Estadual, resolveu emancipar o Distrito de Demétrio Lemos e ao mesmo
tempo homenagear o seu cunhado a quem tinha grande admiração. Logo encaminhou
ao Palácio do Governo o Decreto nº 334 de 17 de dezembro de 1958.
O
Governador do Estado, Dinarte Mariz, declarou este Decreto inconstitucional,
sendo este engavetado, até o ano de 1962 quando houve novamente a tentativa de
emancipar Antônio Martins, então Distrito de Demétrio Lemos, do município de
Martins, sendo efetivada somente no dia 26 de Março de 1963.
FONTE –
BLOG HISTÓRIS QUE MINHA AVÓ CONTAVA